Este texto pretende estabelecer o paralelismo entre a teoria de evolução da forma urbana, na sua relação com as infra-estruturas viárias e grandes superfícies comerciais, desenvolvida por David Mangin (MANGIN, 2004) e o desenvolvimento urbano em cidades portuguesas. Tal como o autor refere, os fenómenos de crescimento da cidade resultante da sua infra-estruturação e, especificamente do desenvolvimento de periferias urbanas, têm resultados formais idênticos, independentemente das formas urbanas de origem e são transversais às cidades norte americanas e francesas, podendo encontrar-se similitudes formais com as cidades emergentes asiáticas.
Para o caso português, foi considerado como caso de estudo a cidade de Abrantes não só pela disponibilidade de cartografia digital actualizada, mas também por ter sido alvo de dois surtos de crescimento: o primeiro decorrente da ferrovia; e, o segundo do IP6, actualmente A23.
Os resultados destas duas infra-estruturas viárias, relativizados à escala do território em análise, confirmam que os fenómenos de evolução urbana são semelhantes aos das restantes cidades mundiais.
Palavras-chave: Forma urbana; infra-estrutura viária; periferia, Abrantes, Portugal.