Este artigo aborda de forma integrada Planeamento da Mobilidade e Ordenamento da Mobilidade, fazendo-o a diversas escalas territoriais.
À escala global, assume a mobilidade como caraterística e paradigma da sociedade atual, portadora de enormes vantagens mas também de graves problemas (ambientais, energéticos e vivenciais), que exigem decisão política.
Centrando-se na escala da atual “cidade alargada” opina que:
- Terão que ocorrer constrangimentos à utilização individualizada do automóvel, mas criteriosos e exigindo muita ponderação e determinação, já que contrários à dinâmica instalada.
- O ordenamento do território, articulado com o planeamento da mobilidade, deve procurar a explicitação e qualificação de uma rede estruturante da cidade, na qual se inclua rede viária e estrutura ecológica, associada esta a modos de mobilidade suave.
- As vias dessa rede estruturante, como as demais, devem ser concebidas de forma integrada, considerando e articulando as diversas funções da cidade e não apenas a circulação automóvel.
A uma escala urbana de mais pormenor, de âmbito local, opina que:
- As questões da mobilidade devem ser parte integrante do desenho do espaço público, procurando soluções diferenciadas em função de usos e de características morfo-tipológicas de cada local.
- O desenho de tais soluções deveria assegurar espaço público q.b. para cada uma das suas funções. Face às práticas dominantes em Portugal, deveria aumentar os espaços para os peões, prever estacionamento suficiente e evitar perfis excessivos para a circulação automóvel.
Palavras-chave: Mobilidade, Cidade, Ordenamento, Espaço público