Parte-se de um Quadro de Referência, elaborado coletivamente, que inclui Desígnios e Instrumentos para o Ordenamento de Territórios Urbanos em Portugal.
Esta comunicação incide sobre um dos desígnios enunciados, o da Colmatação Urbana Estratégica.
Para estudiosos e profissionais vai começando a tornar-se evidente a necessidade, em Portugal, de uma alteração profunda da prática urbanística municipal, a qual deveria passar a centrar-se em:
- Incentivos, pressões e ações tendentes à reabilitação urbana.
- Ações programadas de colmatação urbana (complementares da reabilitação), selecionadas de forma muito criteriosa, dinamizadas pelo município e assentes em parcerias. A estas ações chamaremos Colmatação Urbana Estratégica.
Começa igualmente a tornar-se óbvio que, face ao quadro jurídico em vigor, para a concretização dessas ações programadas, os instrumentos mais adequados são os Sistemas de Execução (de cooperação e/ou de imposição administrativa) iniciados com a prévia delimitação de Unidade de Execução.
Não obstante, as práticas desenvolvidas neste sentido são ainda pouco numerosas e muito titubeantes. Tal facto, revelador da inércia e do receio perante a necessária inovação, muito habitual na Administração Pública, constitui um desafio que terá que ser ultrapassado.
Procura-se, nesta comunicação, enunciar um conjunto de recomendações metodológicas para um arranque eficaz de uma Unidade de Execução. Centram-se, essencialmente, em:
- Critérios de seleção das áreas a delimitar.
- Atos iniciais jurídico/administrativos.
- Contactos iniciais com os proprietários.
- Relevância e integração do desenho urbano.
Tais recomendações surgem melhor explicitadas através de uma apresentação de caso, atualmente em fase de arranque, a Unidade de Execução do Monte da Caparica, em Almada. O powerpoint que serviu de base à primeira reunião com os proprietários será de grande utilidade para a ilustração do processo em curso.
Palavras Chave: colmatação urbana; programação; unidades de execução.